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Foto do escritorLuiz Luz

Pilha no Lambe

Antes de ontem, tive a oportunidade de conferir a exposição de Claudão Pilha, artista belorizontino que traz lambes fotográficos em grandes escalas. Em nossas conversas sobre colagem, ele revelou as últimas noites dos coladores de outdoors nas madrugadas de Belo Horizonte. “Lá, hoje é proibido”, contou ele, refletindo sobre a mudança das leis e o impacto na arte de rua. Seus painéis preenchem espaços vastos e são um verdadeiro espetáculo visual.



Para ele, é uma forma de devolver a arte das ruas para as ruas. Entre suas criações, encontramos uma barata com a face de Jesus Cristo, um beijo intensamente sensual e um homem coçando o traseiro enquanto está sentado em uma caixa – todas partes da perspectiva irreverente do autor.


Mais do que um fotógrafo, Claudio Pilha é um verdadeiro polímata: músico, dono de bar e tradutor. Natural de Belo Horizonte, ele ainda em julho deste ano veio a Goiânia para expor suas fotografias no prédio abandonado da antiga CELG/SEDUCE, compondo o acervo permanente temporário do MUDDA – Museu do Depois do Amanhã. Essa exposição é um testemunho vivo da resistência e transformação da arte de rua, agora abrigada em um espaço que também guarda suas próprias histórias de abandono e renovação.


O Melda


O Melda, a obra, obrar, o bar, a música e a arte entregam à cidade um olhar ampliado dela mesma. Quando não temos nada a dar ao mundo, a merda é o nosso único possível. E é lá, onde gentes sem casa e banheiros sem privada, que "O Melda" afixa seus lambes. Como no autorretrato em que, sentado ao vaso com uma Cybershot em mãos, registra seu momento único para também assinar a exposição que ele traz ao MUDDA.





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